Crítica

Por: Apostila de cinema

MAMMON (LUCAS MARINHO, 2018)

Se a ideia da obra anterior era a entrega de uma produção com potencial para transitar em festivais, “Mammon”, de Lucas Marinho, aprofunda esse entendimento. Trata-se de um dos filmes de maior qualidade técnica dentre os brasileiros do 2º FESTCiMM – Nossa Mostra. Se valendo de drones, CGI e uma cara mais de cinemão, usando a contemplação e o forte apelo visual. Explorando de forma devagar a relação de um casal, aplica os elementos conhecidos do surrealismos para nos transportar para o mundo dos sonhos. No caso, o sonho é a vida melhor para a família do protagonista. Do regionalismo, a preocupação com a adição de objetos culturais como os trajes das personagens e a representação do diabo. Feita para viajar, é um curta-metragem que tende a durar no circuito por encontrar com mais facilidade o público ao qual se destina.

PENUMBRA CINZENTA (LUCAS MARINHO, 2020)

Penumbra Cinzenta” de Lucas Marinho se vale de “Canto para a Minha Morte” de Raul Seixas para cuidar de duas premissas: o arrependimento dos atos e o sentimento de ser sufocado pela própria existência. Na obra eles correm em conjunto, tornando a canção do saudoso roqueiro baiano (algo como um tango) perfeito para a criação do clímax.

O cineasta nos transporta a Diadema, em São Paulo, com exploração direta da violência urbana. A princípio, uma notícia a ser tratada com indiferença por quem ouve o rádio ou assiste a TV todas as manhãs. Só que por trás de toda e qualquer tragédia urbana há vítimas reais, familiares em sofrimento. O que “HellCife – Até Quando?” provoca em alguns segundos, usando a animação como gênero – “Penumbra Cinzenta” amplia com uma carga dramática extremamente forte.

Passamos a vida toda tentando captar o momento em que antecede a morte – e a música de Raul talvez tente nos responder a uma pergunta que não temos como saber antes de nossa hora chegar. Assim como o protagonista de “Nuvem Negra” vislumbra o ode a si mesmo, uma saída de cena inesquecível – aqui o protagonista quer explorar as marginalidades que lhe cabem até o último segundo.

veja a matéria completa em:

http://apostiladecinema.com.br/2o-festcimm-nossa-mostra/

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